Combinação de luz forense e detecção de PSA para análise de tecidos com sêmen: avaliação de interferência da urina e condições de armazenamento


Abstract

Crimes sexuais representam um desafio significativo para a investigação criminal, exigindo métodos precisos para identificação de vestígios biológicos. A utilização de luz forense e testes imunocromatográficos para detecção de PSA tem se mostrado promissora, embora existam limitações na discriminação de fluidos corporais. Em se tratando de amostras forenses, nem sempre é possível a visualização da mancha a ser analisada, como também é comum a mistura de material biológico nos suportes enviados para análise. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia da combinação de luz forense e teste imunocromatográfico para detecção de PSA na identificação de sêmen em diferentes condições de armazenamento. Amostras de sêmen, urina e misturas de ambos foram preparadas em fragmentos de tecidos e submetidas a diferentes condições de armazenamento (papel e plástico) por até 20 dias. Os resultados mostraram que a luz forense é eficiente para localizar manchas biológicas, mas não discrimina entre fluidos como sêmen e urina. O teste de PSA, por outro lado, apresentou alta especificidade para detecção de sêmen, independentemente do tipo de invólucro, embora a intensidade da detecção tenha diminuído em amostras armazenadas em papel por 20 dias. As análises reforçam a necessidade de combinação dos métodos para maior precisão na identificação de evidências biológicas em crimes sexuais.


Riferimenti bibliografici

  1. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 2024 São Paulo. Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ano 18. 2024. ISSN 1983-7364 Disponível em: https://publicacoes.forumseguranca.org.br/handle/123456789/253. Acesso em: 30/08/2024
  2. IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Sistema de Indicadores de percepção Social. Segurança Pública, 2023. http://www.ipeadata.gov.br/api/odata4/"http://www.ipeadata.gov.br/api/odata4/ acesso em 30/08/2024
  3. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023. São Paulo. Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ano 17, 2023. ISSN 1983-736
  4. T.J. Wang; H.G. Rittenhouse; R.L. Wolfert; C.M. Lynne; N.L. Brackett. PSA Concentrations in Seminal Plasma. Clinical Chemistry, 44: 895-896 (1998).
  5. B.T. Aguiar. Antígeno específico da próstata em fluidos biológicos e sua aplicação em análises forenses. Anais da Academia de Ciências e Tecnologia de São José do Rio Preto. 1 (2008)
  6. M.C.T. Sawaya; M.R.S. Rolim. Antígeno específico da próstata em fluidos biológicos: aplicação forense prostate-specific antigen in biologics fluids: forensic aplication Visão Acadêmica, ISSN: 1518-5192. 5(2): 109-116 (2004)
  7. V. Sterzik; S. Panzer; M. Apfelbacher; M. Bohnert. Searching for biological traces on different materials using a forensic light source and infrared photography. Int J Legal Med 130(3): 599-605 (2016). doi: 10.1007/s00414-015-1283-2
  8. G. Miranda; F. Prado; F. Delwing; E.J. Daruge. Analysis of the fluorescence of body fluids on different surfaces and times. Sci Justice 54: 427–431(2014)
  9. Introdução às fontes de luz alternativas - Catálogo luz forense https://www.forensicsbrasil.com.br/catalogos/sirchie/luzes_forenses.pdf
  10. W.C. Lee; B.E. Khoo. Forensic Light Sources for Detection of Biological Evidences in Crime Scene Investigation: A Review. Malaysian Journal of Forensic Sciences 1: 17-27 (2010).
  11. L.D.B. Oliveira; C.E.P. Machado. A análise proteômica no contexto forense. Revista Interdisciplinar de Estudos Experimentais. 9: 55-62 (2017).
  12. C.R.D. Filho; P.A.C. Francez (Org) Introdução da Genética Forense Millennium Editora Campinas, SP (2020)
  13. K. Virkler; I. K. Lednev Analysis of body fluids for forensic purposes: From laboratory testing to non-destructive rapid confirmatory identification at a crime scene. Forensic Science International 188(1–3): 1–17 (2009). https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2009.02.013
  14. Brasil. Código de Processo Penal. Decreto-Lei nº 3.699, de 03 de outubro de 1941. Acesso 08 05 2024, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm"http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm
  15. Brasil. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Procedimento Operacional Padrão: perícia criminal. Brasília: Ministério da Justiça 242p. 2013.
  16. E. Ferrari-Junior. A cadeia de custódia e a prova pericial. Rev Âmbito Jurídico.15:99 (2012).
  17. E.S.M. Iwamura; D.R. Muñoz. Análise de DNA em medicina legal, banco de dados e controle de qualidade. Saúde, Ética & Justiça. 8(1/2):13-17.(2003) https://doi.org/10.11606/issn.2317-2770.v8i1-2p13-17
  18. A.L. Silva, H.G. Dornelas, S.M. Caligiorne, P.A. Marinho. Bancos de Perfis Genéticos Criminais no Brasil: Histórico e Evolução. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics 9(4): 499-520 (2020) https://doi.org/10.17063/bjfs9(4)y2020499-520
  19. Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos - RIBPG. Manual de procedimentos operacionais. Brasília: Ministério da Segurança Pública. 21p. (2017)
  20. Brasil. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Comitê Gestor da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos. Resolução nº 9, de 13 de abril de 2018. DOU de 26/04/2018. p. 118.

Creative Commons License

Questo lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Condividi allo stesso modo 4.0 Internazionale.

Copyright (c) 2025 Revista Brasileira de Criminalística

##plugins.themes.gdAlphaUK.general.share##

##plugins.themes.gdAlphaUK.download##

##plugins.themes.gdAlphaUK.article.Authors##