Indicadores de desempenho em laboratórios de genética forense no Brasil


Περίληψη

Indicadores de desempenho são ferramentas essenciais para monitorar, avaliar e aprimorar processos organizacionais, oferecendo dados objetivos para a tomada de decisões e melhoria contínua. Este estudo teve como objetivo investigar a aplicação dessas métricas nos laboratórios de genética forense da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). A pesquisa foi conduzida por meio de questionário enviado aos gerentes da qualidade dos laboratórios, por meio do Comitê Gestor. Dos 28 questionários analisados, 68% relataram o uso de indicadores para monitorar seus sistemas de gestão, com destaque para ensaios de proficiência (89%) e controle de contaminações (89%), evidenciando foco na qualidade técnica e conformidade normativa. No entanto, 32% ainda não adotam essas ferramentas, apontando desafios na implementação de sistemas de gestão estruturados. Métricas relacionadas à satisfação do cliente (17%), eficácia na análise de risco (17%) e exercícios colaborativos (11%) foram as menos utilizadas, indicando lacunas na gestão estratégica e na colaboração interinstitucional. A baixa adesão à análise de riscos reflete a necessidade de capacitação e de ferramentas específicas para integrar essa prática aos processos laboratoriais. A alta frequência de reanálises devido a trabalhos não conformes (83%) evidencia o esforço na correção de erros. Assim, a análise comparativa do uso de indicadores revela tanto o progresso de muitos laboratórios da RIBPG quanto a necessidade de estímulo e apoio aos que ainda não adotaram essas práticas, visando maior uniformidade e aprimoramento do sistema de gestão em toda a rede forense.


Αναφορές

  1. E.R. Tsai; A.N. Tintu; D. Demirtas; R.J. Boucherie; R. de Jonge; Y.B.A Rijke. A critical review of laboratory performance indicators. Critical Reviews in Clinical Laboratory Sciences 56 (7): 458-471 (2019). https://doi.org/10.1080/10408363.2019.1641789
  2. A. Neely; M. Gregory; K. Platts. Performance measurement system design: A literature review and research agenda. International Journal of Operations & Production Management 25 (12): 1228-1263 (2005). http://dx.doi.org/10.1108/01443570510633639
  3. C. Lohman; L. Fortuin; M. Wouters. Designing a performance measurement system: A case study. European Journal of Operational Research 156: 267–286 (2004). https://doi:10.1016/S0377-2217(02)00918-9
  4. S. Š. Žižek; Z. Nedelko; M. Mulej; Ž.V. CIC. Key Performance Indicators and Industry 4.0 – A Socially Responsible Perspective. Naše gospodarstvo/Our economy 66 (3): 22–35 (2020). https://doi:10.2478/ngoe-2020-0015
  5. M.M.O. Santos; L.F. Quel; A.M. Vieira; A.M. Rosini. Indicadores de desempenho e engajamento profissional em organizações inovadoras. R.G. Secr., GESEC 10 (1): 192-212 (2019).
  6. L.O. Bahia. Guia referencial para construção e análise de indicadores, Brasília: Enap. 43p.: il.color (2021).
  7. ABNT. NBR ISO/IEC 17025 Requisitos gerais para a competência de laboratórios de calibração e ensaio. 3 ed. Rio de Janeiro. Associação Brasileira de Normas Técnicas (2017).
  8. R.H. Catini; F.J.P. de Souza; M.F.M. Pinhel; A.O Mendonça; V.H.P. Pacces, I.R.B. Olivares. Application of indicators and quality index as a tool for critical analysis and continuous improvement of laboratories accredited against ISO/IEC 17025. Accreditation and Quality Assurance 20 (5): 431–436 (2015). https://doi:10.1007/s00769-015-1143-2
  9. A.O. Amankwaa; C. McCartney The effectiveness of the current use of forensic DNA in criminal investigations in England and Wales. WIREs Forensic Science 3(6): e1414 (2021). https://doi.org/10.1002/wfs2.1414
  10. M.C.F. Ataide; M.M. Sousa. Rev. Bras. Segur. Pública 17 (1): 166–187 (2023). https://doi.org/10.31060/rbsp.2023.v.17.n1.1527
  11. E.A. Bittencourt; E.S.M. Iwamura. Brazilian DNA database—Establishment, legislation and accreditation. Forensic Science International: Genetics Supplement Series 7 (1): 422–423 (2019). https://doi.org/10.1016/J.FSIGSS.2019.10.036
  12. INTERPOL. Global DNA Profiling Survey Results 2019. 2019.
  13. RIBPG. Manual de Procedimentos Operacionais (versão 6.1), aprovado pela Resolução nº 10, de 6 de março de 2025 do Comitê Gestor da RIBPG. Brasília: Comitê Gestor da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, 2025. Retirado em 05/09/2025, de https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-seguranca/seguranca-publica/ribpg/manual
  14. RIBPG. XXII Relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos. Brasília: Comitê Gestor da RIBPG, 2025. Retirado em 05/09/2025, de https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-seguranca/seguranca-publica/ribpg/relatorio
  15. L.P. García Merlin. La calidad en los laboratorios genéticos forenses. Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar 7 (1): 5578–5598 (2023). https://doi.org/10.37811/cl_rcm.v7i1.4847
  16. A. Ross; W. Neuteboom. ISO-accreditation - is that all there is for forensic science?. Australian Journal of Forensic Sciences 54 (1): 2–14 (2022). https://doi.org/10.1080/00450618.2020.1819414
  17. F.A. Berlitz. Prospecção, validação e implementação de indicadores da qualidade pré-analítica relacionados à coleta de sangue no laboratório clínico. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina (2023).
  18. FBI. Quality Assurance Standards for Forensic DNA Testing Laboratories. Federal Bureau of Investigation (2025). Retirado em 05/09/2025, de https://www.swgdam.org/publications
  19. Scientific Working Group on DNA Analysis Methods (SWGDAM). Retirado em 05/09/2025, de www.swgdam.org
  20. ILAC. ILAC G19:08/2014 Modules in a Forensic Science Process. 37 f. International Laboratory Accreditation Cooperation (2014).
  21. CGCRE. DOQ-Cgcre-084 Tradução brasileira do documento ILAC-G19:08/2014 Módulos de um processo forense. Coordenação Geral de Acreditação, Rio de Janeiro (2016). Retirado em 05/09/2025, de http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=CalibEnsaios
  22. J.D. Honsa, D.A. McIntyre. ISO 17025: practical benefits of implementing a quality system. J AOAC Int. 86 (5): 1038-1044 (2003). https://DOI:10.1093/jaoac/86.5.1038
  23. A.L. Heavey; G.R. Turbett; M.M. Houck; S.W. Lewis. Management and disclosure of quality issues in forensic science: A survey of current practice in Australia and New Zealand. Forensic Science International: Synergy 7: 100339 (2023). https://doi.org/10.1016/j.fsisyn.2023.100339
  24. A. Ross; W. Neuteboom. ISO-accreditation - is that all there is for forensic science? Australian Journal of Forensic Sciences 54 (1): 2–14 (2022). https://doi.org/10.1080/00450618.2020.1819414
  25. L.C. Zucatto; U.M. Sartor; S. Beber; R. Weber. Proposição de indicadores de desempenho na gestão pública. ConTexto 9 (16): 1- 24 (2009).
  26. R.R. Pereira; I.B.G. Pacheco; F.S. Pedro Filho. Indicadores de desempenho como ferramenta na gestão da qualidade no serviço público / Performance indicators as a tool in quality management in public servisse. Brazilian Journal of Development 7 (9): 88049–88067 (2021). https://DOI:10.34117/bjdv7n9-117
  27. F.E. Matsumura; Souza, P.A.R. Souza; E.M. Zambra; R. Neder. Elementos estratégicos na formulação de indicadores de desempenho em gestão de pessoas. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, 15 (4): 88-100 (2021).
  28. J.C.T. Oyadomari; D.S. Bido; O.R. Mendonça Neto; A.B. Aguiar; R.G. Dultra-de-Lima. Relationships among strategically aligned performance indicators, controls, and performance. Revista Contabilidade e Finanças 34 (91): e1618 (2023). https://DOI: 10.1590/1808-057x20221618.
  29. http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=CalibEnsaios
  30. SWGDAM, SWGDAM Contamination Prevention and Detection Guidelines for Forensic DNA Laboratories (2017). Retirado em 05/09/2025, de https://www.swgdam.org/publications
  31. N. Jones; E. Forry; D. Sirk. Demystifying Accreditation A Framework for Accreditation of Forensic Units, National Institute of Standards and Technology, Gaithersburg, MD, NIST Grant/Contract Report NIST (GCR) NIST GRC 23-043 (2023). https://doi.org/10.6028/NIST.GCR.23-043
  32. INMETRO. Norma nº NIT-DICLA-075: Aplicações da ABNT NBR ISO/IEC 17025 para laboratórios de criminalística (projeto piloto). 2 ed. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (2018). Retirado em 05/09/2025, de http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=CalibEnsaios
  33. N. Ramya, A Kowsalya, K Dharanipriya. Service Quality and its dimensions. EPRA Internat. J. of Res. and Develop. (IJRD) 4 (2): 38-41 (2019).
  34. ABNT. NBR ISO 19011: Diretrizes para auditoria. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2018).
  35. L.S.A. Bezerra; A.C. Souza-Neto; C.F. Poltronieri; F.L. Lizarelli. Risk management in a forensic genetic laboratory in the Central Region of Brazil. Proceedings book of the 6th International Conference on Quality Engineering and Management 1195-1207 (2024). https://icqem.dps.uminho.pt/
  36. L.E. Wilson; M.E. Gahan; C. Lennard; J. Robertson. Developing a strategic forensic science risk management system as a component of the forensic science system of systems. Australian Journal of Forensic Sciences 52 (2): 208–221 (2020). https://doi.org/10.1080/00450618.2018.1510032
  37. J.H. Smith; J.S. Horne. Quality management system in forensic science: An African perspective. Forensic Science International: Synergy. 8: 100476 (2024). https://doi.org/10.1016/j.fsisyn.2024.100476.
  38. F.R. da Silva; I.H. Grochau; H.M. Veit. System proposal for implementation of risk management in the context of ISO/IEC 17025. Accreditation and Quality Assurance, 26 (6): 271–278 (2021).

Creative Commons License

Αυτή η εργασία είναι αδειοδοτημένη υπό το CC Αναφορά Δημιουργού – Μη Εμπορική Χρήση – Παρόμοια Διανομή 4.0.

Πνευματική ιδιοκτησία (c) 2025 Revista Brasileira de Criminalística

Μερίδιο

Κατεβάστε

Συγγραφέας (ες)

  • Laryssa Silva de Andrade Bezerra,
  • Advaldo Carlos de Souza-Neto,
  • Camila Fabrício Poltronieri,
  • Laryssa Silva de Andrade Bezerra

    Superintendência de Polícia Técnico Científica de Goiás

    Laryssa Silva de Andrade Bezerra é bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com atuação na área de Biologia Celular e Molecular e Genética Forense. Mestre em Biologia e mestre em Engenharia de Produção, ambos pela UFG. Laryssa é Perita Criminal na Superintendência de Polícia Técnico-Cientifica de Goiás (SPTC-GO), onde desenvolve atividades relacionadas à gestão de processos. Seu foco de atuação inclui genética forense e gestão da qualidade. Coordenou grupos de trabalho na SENASP e MJSP e atuou na construção de políticas públicas nacionais e estaduais visando a identificação de pessoas desaparecidas.

    Advaldo Carlos de Souza-Neto

    Superintendência de Polícia Técnico-Científica de Goiás

    Advaldo Carlos de Souza Neto é bacharel e licenciado em Biologia, com mestrado e doutorado em Ecologia e Evolução pela UFG, com atuação na área de Ecologia Molecular e Genética Forense. Atualmente, é Perito Criminal na Superintendência de Polícia Técnico-Cientifica de Goiás (SPTC-GO), onde tem experiência como responsável técnico em laboratório de genética forense. Seu foco de atuação inclui genética forense e gestão da qualidade. Integra a Comissão de Interpretação e Estatística da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos (RIBPG/SENASP).

    Camila Fabrício Poltronieri

    Universidade de São Paulo

    https://orcid.org/0000-0001-5829-2462

    Camila Fabrício Poltronieri é engenheira de produção, com mestrado e doutorado em engenharia de produção. Atualmente é docente do curso de engenharia de produção da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da USP, do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção da UFG e pós-doutoranda em Engenharia pela Unesp. Seu foco de atuação é gestão da qualidade, sustentabilidade e desenvolvimento de produtos.

Τα περισσότερο διαβασμένα άρθρα του ίδιου συγγραφέα(s)