Resumo
Este artigo apresenta uma revisão sistemática da produção científica brasileira sobre identificação por impressões digitais no período de 2020 a 2024. O objetivo é analisar a evolução temática, metodológica e institucional das pesquisas desenvolvidas no país, contextualizando-as em relação às tendências internacionais. A busca foi realizada na base Web of Science, seguindo os critérios PRISMA, e resultou na seleção de 62 estudos com afiliação institucional brasileira. Os dados foram analisados por meio de codificação temática e visualização gráfica utilizando Python. Os resultados indicam que a maior parte das pesquisas está concentrada no desenvolvimento de reagentes químicos para a visualização de impressões latentes, com destaque para materiais fluorescentes, nanopartículas e compostos sustentáveis. Embora iniciativas envolvendo inteligência artificial, espectrometria e aplicações em identificação post mortem estejam emergindo, observa-se uma limitação na validação operacional dos métodos propostos. A Universidade Federal de Pelotas, a Universidade de Brasília e a Polícia Federal lideram a produção científica nacional no tema, refletindo o fortalecimento de redes institucionais interdisciplinares. Contudo, a maioria dos estudos ainda se encontra nos estágios iniciais da pesquisa forense, conforme diretrizes do IFRG. Conclui-se que o Brasil possui uma produção científica em crescimento e alinhada às tendências globais, mas que ainda carece de investimentos em validação estatística, estudos aplicados e integração com sistemas biométricos automatizados.